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  • Dr. Mayanse: “Um profissional muito presente, dedicado e querido”

    DATA: 05/08/2020

    Publicado por: Novonor

    Dr. Mayanse Mitri Boulos, 78 anos, era coordenador médico de todas as empresas do Grupo Odebrecht. Como destacou Guilherme Abreu, da Odebrecht S.A., em comunicado interno que anunciou seu falecimento por infarto, ocorrido na tarde de domingo, 2 de agosto, ele era “um profissional muito presente, dedicado e querido. Interessava-se pela saúde de todos”.

    Dr. Mayanse tem uma história bonita em seus mais de 40 anos de Odebrecht. Embora cirurgião de formação, era um clínico geral muito especial, buscando sempre informações mais amplas sobre as condições de vida e de saúde de cada paciente. Sua teia de contatos com médicos e com os principais hospitais de São Paulo era um grande patrimônio para o Grupo.

    Nascido no Líbano numa família de origem humilde, Dr Mayanse veio para o Brasil ainda muito novo, e aqui descobriu o amor pela medicina. Não parou de trabalhar nenhum dia durante a pandemia. Fazia exercícios regulares nos sete dias da semana, e mantinha dieta regrada.

     

    Algumas pessoas que trabalharam com Dr Mayanse
    compartilham histórias e aprendizados ao lado dele.

     

    Viviane Silva de Oliveira, apoio à saúde
    Conheci Dr. Mayanse em 1995, quando comecei a trabalhar com ele em seu consultório. Nunca havia atuado antes na área da saúde, e este ano completo 25 anos, sempre ao seu lado. Ele era uma pessoa de coração imenso, além de ser obstinado e não desistir nunca. Mesmo em casos difíceis, tinha sempre o mesmo cuidado e uma paciência enorme. Ele costumava falar que o exame clínico é soberano, pois era nesse momento que conhecia bem o paciente e suas necessidades. Era um desses médicos nos quais você pode confiar, pois sua experiência de vida lhe permitia aconselhar sobre qualquer coisa. Tínhamos uma sinergia muito boa: eu conseguia entender o que ele precisava no trato com o paciente. Aprendi com ele a ser tolerante e a ter flexibilidade e disciplina. Ele me falava que a melhor forma de ensinar alguém é pelo exemplo. Viveu a sua missão com maestria e orgulho em servir o paciente.

    Ele costumava me dizer coisas como: “Vivi, quem trabalha com saúde não tem descanso”, “o paciente é nosso líder”, “eu vou te ligar todos os dias de suas férias”. Tenho certeza de que ele cumpriu sua missão e, onde quer que esteja, vai continuar fazendo seu trabalho. Afinal, ele dizia que não sabia fazer outra coisa. Sempre teve muito orgulho de dizer que era médico. Por aqui vai fazer muita falta. Fazíamos aniversário no mesmo dia, e ele sempre ligava para dar os parabéns. Sentirei saudades. A lembrança permanecerá viva em nossos corações.”

     

    Denize Cavalcante Lopes, médica na Odebrecht
    Dr. Mayanse era um médico de antigamente. Apesar de ter uma forte formação cirúrgica, também era um clínico de mão cheia. Iniciou sua atuação como médico em um tempo em que não existiam tantas tecnologias e exames para o diagnóstico e, por isso, aprendeu desde cedo a importância de examinar o seu doente, utilizando as técnicas primorosas da propedêutica clínica. Estava atento a qualquer sinal de anormalidade e, como um detetive da medicina, buscava sempre a solução para cada caso. Depois de tantos anos de formação acadêmica, apresentava uma sagacidade única, na qual a clínica era soberana e a ela se somava com maestria o uso de todos os recursos e avanços da medicina atual.

    Os seus doentes (era assim que ele chamava os seus pacientes) tinham uma importância capital na sua rotina diária, e para eles acordava bem cedo para iniciar o seu ciclo de visitas e atendimentos. E ele transitava com desenvoltura e conhecimento por todos os principais hospitais de São Paulo. Era conhecido, ouvido e admirado por profissionais médicos das mais diversas especialidades. Sua rede de contatos era imensa, porém escolhida a dedo para tratar dos seus doentes quando a eles encaminhados. Encaminhados sim, abandonados jamais, pois ele permanecia atento a cada passo do tratamento, até que a cura chegasse. E, em seus 46 anos de dedicação a esta empresa cuidou de todos que foram a ele confiados, com competência, devoção, responsabilidade e amor.

    Como colega de profissão tenho um relato a comentar. Era dia 28 de dezembro de alguns anos atrás e ele me convidou para fazer o “tour” de visitas diárias aos pacientes internados. Fomos ao Hospital 9 de Julho, depois ao Hospital Sírio e Libanês e, por fim, ao Hospital Albert Einstein. Antes de cada visita ele me contava de forma breve a história daquele caso. Sem utilizar nenhum recurso de texto, me passava detalhes impressionantes da evolução. E em cada entrada sua nos quartos dos pacientes pude presenciar o que mais me encantou: o olhar de confiança e admiração do doente e de seus familiares, pelo simples fato que o seu médico estava ali, atento à tempestade e pronto para acalmar o mar revolto da doença. Sentiremos saudades. Ficará um vazio enorme. Nada poderá preencher esse lugar.”

     

    Monica Mendonca Lavigne Rogério de Souza, enfermeira
    Tive a oportunidade de trabalhar durante 11 anos com Dr. Mayanse. Sou enfermeira e atualmente eu o apoiava coordenando a equipe de enfermagem da área ocupacional e assistencial e realizando a gestão do ambulatório no Pinheiros One. Dr. Mayanse viveu sendo reconhecido pelo que tinha de melhor: o amor incondicional pela medicina e pela sua família. Foi esse amor pelo trabalho que norteou a sua vida. Para mim, é um exemplo de integridade, sabedoria e simplicidade. Um grande mestre, médico, líder e amigo. Ele nos deixou ensinamentos imensuráveis.”

     

    Anna Karina Chiereghin, médica na Odebrecht
    Líder inspirador, colega excepcional e contador de histórias nato. Obrigada por todo o cuidado e carinho. Saudades e gratidão eternas”

     

     

     

    Julia Tasso, médica na Odebrecht
    Difícil descrever uma pessoa tão especial como Dr. Mayanse. Sou grata por ter tido a oportunidade de estar próxima a ele. Foram quase três anos de muito aprendizado, tanto profissional como pessoal. Ele sempre se comportou de forma extremamente ética e profissional entre nós da equipe, muitas vezes parecendo até um pouco sério, mas quem o conhecia sabia do tamanho de seu coração e da sua dedicação diária em ajudar o próximo. Sempre admirei a forma como se relacionava e respeitava todos os seus pacientes. Levarei para sempre em minha vida uma frase que ele não cansava de repetir: “O nosso líder, enquanto médicos, é o nosso paciente”. Foram muitos os legados que ele nos deixou. Desejo que sua passagem seja tranquila e garanto que nós, a equipe que ele construiu, continuaremos seu lindo trabalho na empresa, deixando-o orgulhoso onde quer que esteja.”

     

    Juliana Ferracini De Souza, enfermeira
    Quando entrei no Grupo Odebrecht, em 2015, passava correndo pela sala dele, na intenção de não ser vista. Ouvia que ele era bravo e que brigava com as enfermeiras. Mal sabia que tão rápido ele me reconheceria e iria me dar a oportunidade de ser enfermeira no checkup. Dr Mayanse era incansável. Sentia uma enorme necessidade de se conectar com a tecnologia e de se manter atualizado. Queria aprender a usar o WhatsApp, manusear e-mail pelo celular e fazer pesquisas no Google. Frequentava aulas particulares de inglês e, pelo menos uma vez ao ano, fazia seu sagrado curso em Londres. Como muita gente sabe, ele tinha matrícula em duas academias de ginástica. Quando uma estava fechada, ele frequentava a outra. Assim, seus sete dias da semana eram preenchidos com atividade física regular. Ele adorava quando eu falava: ‘Dr. Mayanse, vamos verificar a pressão e olhar sua glicemia?’. Tinha orgulho de que estava tudo normal.

    Nosso começo de manhã era sempre regado a conversas. Dava para ver o orgulho que ele sentia de ter vencido na vida e o quanto foi difícil chegar até ali. Que orgulho ele tinha de ser médico. Com o Dr Mayanse aprendi que toda minha experiência hospitalar, e até meu bom relacionamento com as pessoas, não iria definir se aquela experiência daria certo ou não, mas, sim, a minha dedicação com os integrantes.

    Ele me fez ser mais flexível, ter disciplina e ser organizada. Resiliência era uma de suas palavras preferidas e, agora, ela precisará, sem dúvidas, ser colocada em prática no nosso dia a dia. Vamos seguir com os ensinamentos dele, colocando o paciente em primeiro lugar. Afinal, ele sempre dizia: “Juliana, o paciente é o nosso líder!” Obrigada por tudo, Dr Mayanse.”

    3 Comentários

    Comentários

    1. Ygor Silva Cezar disse:

      Uma perda inestimável, exemplo de atenção com o paciente inigualável. Em uma das minhas últimas consultas com ele, ele me contou que havia sido convidado pelo conselho de medicina a receber um prêmio, ao qual ele perguntou sobre o que se tratava e o conselho falou que era para homenagear o fato de em todos seus anos de trabalho, não havia uma reclamação sequer sobre ele. Pois ele recusou ir receber o prêmio, me falando que ele não poderia receber um prêmio por estar simplesmente cumprindo o juramento que fez quando se formou.Vai fazer falta com certeza!

    2. Mayara Bassoli disse:

      Não tem como não se emocionar lendo esses depoimentos.

      Tive pouco contato com Dr Mayanse, mas durante as consultas em que fui atendida por ele, estava sempre 100% focado no atendimento, com tranquilidade e paciência para não só ouvir o problema, mas conversar sobre a vida.

      Isso sem contar o apoio que ele sempre deu aos Integrantes e seus familiares, sem medir esforços.
      Uma grande perda, de alguém que deixou valiosos ensinamentos.

    3. Moema Figueiredo disse:

      Ainda não consigo acreditar… Fico imaginando como será voltar ao escritório e saber que Dr. Mayanse não estará mais lá. E no Café do 17º??? Quando o encontrava??!! Sentirei muita falta.
      Que grandeza de ser e profissional!
      Que a sua passagem seja de muita luz e com leveza,!

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