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OCT, instituição parceira da FNO, lança projeto em colaboração com agência da ONU
DATA: 11/04/2024
Avançando mais um importante passo em sua jornada de promoção do desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, a Organização de Conservação da Terra (OCT), parceira da Fundação Norberto Odebrecht, realizou ontem (9) o evento de lançamento do Projeto CompensAÇÃO.
O encontro, que aconteceu na sede da organização na Serra da Papuã, no município de Ibirapitanga/BA, reuniu autoridades governamentais, representantes de instituições parceiras do projeto e sociedade civil. No período da tarde, um workshop voltado às equipes técnicas das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Agricultura foi realizado, para alinhamento e planejamento das atividades de iniciação do CompensAÇÃO.
O projeto, financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA), é integrado ao programa internacional CompensACTION, que prevê que pequenos agricultores dos países em desenvolvimento sejam recompensados por seus serviços multifuncionais, os quais colaboram para a recuperação de ambientes ecossistêmicos degradados e mitigação dos impactos climáticos.
Para executar a iniciativa no Brasil em parceria com o FIDA, a OCT foi a instituição escolhida, operando com o objetivo de promover o fortalecimento da cadeia produtiva de cacau livre de desmatamento e reduzir a pobreza rural por meio do Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Claus Reiner, diretor do FIDA no país, comentou na mesa de abertura do evento que a escolha pela OCT para liderar o projeto deve-se à vasta experiência e capacidade técnica da instituição, além do seu contato próximo com os produtores de cacau. “Com esta parceria, iremos promover inovação e fortalecer a capacidade de todos envolvidos na criação de um contexto propício para o desenvolvimento cada vez mais sustentável”, afirma.
Muito animado com o novo momento da organização, Joaquim Cardoso, Diretor Executivo da OCT, celebrou esta parceria que, segundo ele, só tende a amadurecer e evoluir. “Sustentabilidade para nós é o grau de equilíbrio existente entre os fluxos de vida, quando o solo, água, flora, fauna, o ser humano e os seus negócios estão em harmonia. Essa é a nossa matriz. Esta união com o FIDA enobrece a nossa cultura, nossos objetivos e a nossa vontade de contribuir com respeito ao meio ambiente”, comenta.
Investimento pela sustentabilidade
Os pequenos agricultores da região Sul da Bahia cultivam historicamente o cacau em modelo agroflorestal junto à floresta nativa, conhecido regionalmente como cabruca, prestando serviços ambientais relacionados à proteção da biodiversidade, conservação dos recursos hídricos e estocagem de carbono. A continuidade desse modelo tradicional de cultivo depende de uma adequada compensação, que combine o rendimento da produção agrícola com um pagamento pelos serviços promovidos.
O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é uma das práticas da Frente de Conservação Ambiental do PDCIS, programa social da Fundação Norberto Odebrecht que a OCT faz parte desde 2003. Há 12 anos, a OCT vem atuando para facilitar a parceria dos municípios baianos na implementação do PSA, oferecendo aos produtores rurais orientação e apoio financeiro para o planejamento integrado de suas propriedades.
No evento realizado na Serra da Papuã, representando os produtores de cacau e agricultores do assentamento Dois Riachões de Ibirapitanga, Luciano Ferreira foi ao palco relatar a sua experiência enquanto um dos beneficiários do PSA do município, ação apoiada pela OCT. “Esta iniciativa fortalece o associativismo e potencializa a participação da mulher e do jovem no setor produtivo, além de criar novas expectativas para construção de uma educação do campo contextualizada à região”, diz.
Enquanto metas e impactos, das 1.600 famílias de agricultores familiares em situação de vulnerabilidade que o CompensAÇÃO tem a expectativa de beneficiar, 50% do total de assistidos serão mulheres e 15% jovens. O projeto atenderá 77 municípios em quatro Territórios de Identidade da Bahia: Baixo Sul, Litoral Sul, Vale do Jiquiriçá e Médio Rio de Contas.
Luciano cita o que, para ele, representa o grande diferencial do projeto: a promoção da transição agroecológica, processo de aumento da sustentabilidade nos sistemas agrícolas. “Não é apenas um modelo de agricultura diferenciada, é a garantia da soberania alimentar e de que agricultores e suas comunidades sejam empoderados para uma construção coletiva de um mundo melhor para seus filhos e gerações futuras”, afirma.
E esse, segundo Claus, é o grande propósito do CompensAÇÃO. “Nossa intenção é que no final do projeto as famílias assistidas tenham sistemas de produção mais fortes, maiores capacidades de produção agroecológica, e que com aumento de vegetação nessa região, a sustentabilidade ambiental seja aumentada e haja a redução dos gases que contribuem para uma grave crise climática”, conclui.
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