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O potencial do setor de energia para um mundo mais sustentável
DATA: 02/05/2022
Artigo de Rafael Souza, Diretor de Riscos e Seguros na Horiens e co-coordenador do XVI Fórum IBEF-RJ Energia 2022 – Ressignificando o setor de Oil & Gas
As últimas décadas trouxeram evoluções significativas para a sociedade, mas também estimularam debates importantes para diversos setores e não há dúvidas a respeito do papel das empresas para a construção de um mundo mais sustentável.
O setor de energia está entre os mais pressionados a avançar nas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), especialmente no que tange à transição para energias mais limpas ou de fontes renováveis.
As metas de descarbonização da economia – ou ainda as metas de carbono neutro – assumidas por um número crescente de empresas e governos em um horizonte de futuro não tão distante tornam essa agenda cada vez mais relevante dentro do setor: como gerar mais energia de forma limpa? Qual o impacto da eficiência energética no processo de transição para uma matriz mais limpa? Quais são os riscos, oportunidades e desafios da transição?
A boa notícia é que o setor já caminha, não é de hoje, nesta direção. A tecnologia e a inovação são muito presentes no mercado de energia, melhorando a eficiência de processos e produtos. Ainda assim, há um universo de caminhos de enorme viabilidade.
A geração de energia eólica offshore, por exemplo, é considerada hoje uma das mais promissoras fontes de energia renovável, com previsão de crescer oito vezes até 2050, de acordo com a International Renewable Energy Agency (IRENA).
Atualmente as regiões costeiras dos países europeus concentram a maior parte dos parques eólicos offshore e, pelo mundo afora, há inovações de peso sendo estudadas, como a integração de parques eólicos com unidades marítimas de perfuração e produção de petróleo e gás em alto mar. O objetivo é a substituição gradual do óleo diesel como principal fonte de energia do ativo offshore, o que tem sido mais um exemplo de como o setor está se movimentando para dar passos cada vez maiores.
Nos países emergentes os parques eólicos offshore também têm um grande potencial. No Brasil temos cerca de 1.228 GW para abrigar essa modalidade de projeto. Recentemente, tivemos a publicação de um decreto do Governo Federal (nº 10.946/2022) relacionado à cessão de espaços físicos e aproveitamento de recursos naturais para geração elétrica offshore, um relevante marco para a implantação de projetos em território brasileiro. Neste decreto, dentre outros assuntos, são abordados os impactos decorrentes da exploração da atividade de geração de energia, considerando os estudos de riscos e de que forma a empresa concessionária pretende mitigá-los.
Sabemos que o petróleo e o gás natural ainda serão agentes essenciais ao longo de muito tempo na matriz energética global, mas os passos que estamos dando hoje para assegurar a evolução da geração, distribuição e consumo de energia, além do aumento na eficiência da cadeia, são determinantes para abrirmos novas fronteiras – e porque não ressignificarmos – o setor de energia.
Os desafios são muitos, as possibilidades também!
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