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Inteligência artificial e o futuro do trabalho
DATA: 30/04/2024
Prepare-se para expandir seus horizontes. Com o avanço da inteligência artificial (IA), em especial a IA generativa, não há outra forma. Esse tipo de tecnologia já é uma realidade, mas o que vemos em nosso cotidiano ainda é só uma pontinha do que está por vir.
A pauta foi praticamente onipresente na edição 2024 do famoso evento global de inovação South by Southwest (SXSW), realizado em março. Compreensível e importante, afinal o assunto traz consigo admiração e (boas) expectativas, mas também uma série de dúvidas e medos (relevantes!).
Mas o que é, de fato, a IA generativa?
Basicamente é o estágio mais avançado da inteligência artificial até hoje. Isso quer dizer que as inteligências generativas podem ir além da aprendizagem de máquina convencional: elas podem aprender por elas mesmas.
Sim, na prática elas podem criar novas informações como histórias, imagens, textos, vídeos e músicas a partir do que conseguiram aprender com identificação de padrões e agrupamentos de dados preexistentes, dos mais diferentes formatos!
É diferente da IA não generativa, em que uma grande quantidade de dados ou exemplos é utilizada para “treinar” um modelo com o objetivo de realizar tarefas específicas.
Diante do advento da IA generativa, traduzidas em aplicativos como o icônico ChatGPT, além de Midjourney, DALL-E, entre outros, não há como não pensar no futuro do trabalho, não é mesmo?
Respostas em construção
Acredito que uma boa maneira de entrar neste tema é pensar nos efeitos dessa tecnologia no cotidiano.
Que lugar a IA generativa ocupará em nosso dia a dia? Será ela uma espécie de assistente virtual apoiando a nós, humanos, na tomada de decisões, com seu conhecimento criado a partir de zilhões de dados disponíveis na nuvem? Teremos à nossa disposição em larga escala mini cérebros portáteis, que aprendem conosco?
Será que as informações criadas por esses modelos são livres de vieses ou acabam incorporando padrões, estereótipos e preconceitos, assentados de forma estrutural sobre os tais dos dados?
Como ficam as questões ligadas à segurança, à privacidade de dados, a ética e à responsabilidade? E a verificação da autenticidade das mensagens, dado o realismo de imagens e vídeos gerados por IA, bem como a velocidade com que são desenvolvidos?
Serão as criações das máquinas superiores às nossas? Considerando que a IA generativa é capaz de “substituir” o raciocínio e a criatividade do ser humano, porque é disto que estamos falando, o que será do trabalho em um futuro nem tão distante assim? O que nos restará? Quais saídas vamos encontrar?
É certo que a inteligência das máquinas vem para remover burocracias, otimizar processos e ampliar a produtividade e isso é maravilhoso. Imagine o quanto de desenvolvimento conseguiremos promover nas mais diversas áreas.
Mas com a IA generativa o tema ganha ainda mais potencial de impacto e transformação, por isso é importante refletirmos sobre o seguinte: o que, de fato, desejamos enquanto sociedade?
Penso que o caminho sempre será unir o olhar humano à eficiência das máquinas, mas não vá tão rápido, tecnologia, porque ainda temos muitas respostas para construir!
Abraçando as mudanças no mercado de trabalho
Nós, profissionais que estamos vivenciando essa crescente participação da tecnologia no processo decisório e em nossas vidas, devemos ter, mais do que nunca, planejamento e adaptabilidade.
Precisamos ter a mentalidade de crescimento, estar abertos às novas experiências e dispostos a vencer a curva de aprendizado para utilizar esta ferramenta em prol de nossas tarefas e metas profissionais. Isso é acompanhar o espírito do tempo, do nosso tempo.
Às diferentes gerações que estão no mercado de trabalho atualmente: convivam, colaborem umas com as outras. Estamos todos no mesmo barco, somos na verdade a geração T, de transição, como dito pela futurista Amy Webb, fundadora do Future Today Institute, em seu painel no SXSW deste ano.
Com o aprimoramento de processos produtivos por meio do uso da inteligência artificial, naturalmente as profissões devem se modificar, permitindo que as pessoas foquem em tarefas de maior valor para as empresas e a sociedade, como se comunicar, tomar decisões e explorar a criatividade e a inovação em outro nível.
Às empresas, não basta investir em tecnologia, é preciso olhar para as pessoas, pois são elas que estão lidando com este cenário de transformação. Segundo a Gartner, até 2026, mais de 80% das empresas vão incorporar APIs e modelos de IA generativa. Não há dúvidas de que a combinação de tecnologias como 5G, realidade virtual e IA transformará a forma como as pessoas trabalham.
Por isso, trabalhar o letramento digital nos ambientes corporativos é fundamental, tanto para que as equipes consigam desenvolver habilidades técnicas, quanto para que consigam desenvolver pensamento crítico para conduzir a transição rumo a um patamar mais avançado de uso da tecnologia.
Podemos dizer que estamos frente a mais um momento transformador na história da humanidade. Se bem utilizada, a inteligência das máquinas pode nos ajudar a criar um futuro promissor nas mais diversas esferas da vida, inclusive na profissional.
E você, o que pensa sobre este tema?
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