A promoção da Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I) tem ganhado cada vez mais força no universo corporativo, e se...
“Eu espero muita coisa boa para o futuro”
DATA: 24/03/2022
Conheça seu Raimundo, agricultor familiar beneficiado pelo Programa Social da Fundação
Ao fundo, a casa construída em apenas 1 mês desde quando decidiu ter a sua própria roça. À frente, 5 hectares de plantação de cacau. E ao centro, está Raimundo de Jesus, agricultor familiar, admirando os resultados de seu trabalho. “No ano que passou a safra foi muito boa. Mas esse ano vai ser melhor ainda”, conta ele, orgulhoso, em sua propriedade na zona rural de Piraí do Norte (BA).
Quem vê os pés de cacau cheios de frutos na roça onde vive com a esposa, dona Roseny, nem imagina o esforço que foi preciso para chegar nesses resultados. “Quando eu peguei isso aqui, não tinha nada”, conta Raimundo. “Era tudo mato. Tudo capim. E o pessoal dizia que aqui não ia dar nada”. A primeira atitude foi plantar uma horta. “Me diziam: ‘vai fazer uma horta num lugar seco assim?’. Mas eu fiz mesmo assim. E toda semana eu saía com o carro cheio para vender”, fala.
Depois, o objetivo mudou – inspirado por uma propriedade vizinha, que teve sucesso cultivando o cacau, decidiu plantar os primeiros pés, um a um. Logo, eles se deram tão bem naquela terra que ele teve que priorizar o cultivo da fruta por falta de tempo para cuidar das duas plantações. É aí que a assistência técnica da Organização de Conservação da Terra, a OCT, começou a fazer a diferença na vida de seu Raimundo. “É muito bom, por que [a OCT] informa muita coisa que a gente não conhece, né”, opina. “Sempre eles estão por aqui. A cada 15, 20 dias… Dá muita informação para a gente”.
A OCT, que faz parte do Programa Social coordenado pela Fundação Norberto Odebrecht, o PDCIS, dá assistência técnica a produtores como Raimundo. Com o apoio, eles
aprendem as melhores técnicas para cultivar sem prejudicar o meio ambiente e conseguem aumentar produtividade e renda. Além de receber visitas periódicas, o casal frequenta palestras ministradas pela organização e é assistido por meio do aplicativo Maneje Chat, da startup ManejeBem, iniciativa que cria um canal direto entre o produtor e o consultor técnico.
Na propriedade, um exemplo da ajuda dada pela organização desponta entre a plantação e a casa onde vive com a esposa: uma estufa para secagem de cacau, construída há apenas alguns meses. Usando o equipamento, Raimundo poderá iniciar, ele mesmo, o ciclo de beneficiamento das sementes do cacau. Realizando a secagem das sementes, também conhecidas como amêndoas, é possível vendê-las por valores mais atrativos para produtores de chocolate.
Outro objetivo da OCT é ajudá-lo a escoar a sua produção diretamente para os compradores, sem recorrer a atravessadores. E produção é o que não falta na roça do agricultor. Em 2021, foram colhidas cerca de 150 arrobas de cacau. “Se a gente comparar com a média da região, ele é um dos agricultores que mais produz”, diz José Paixão Amparo, agrônomo da OCT que realiza as visitas de apoio técnico à propriedade de Raimundo.
É o esforço de Raimundo e Roseny e o apoio dado pela organização dando frutos. Mas para eles, o número pode ser muito maior diante do potencial. “Esse ano estou querendo bater 300 [arrobas], viu?”, diz o agricultor, rindo. “Já está tudo muito bom, mas eu espero ainda muita coisa boa para o futuro”.
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