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Empoderamento feminino é tema de live da Fundação Norberto Odebrecht
DATA: 15/03/2024
O Dia Internacional da Mulher foi uma proposta adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975 para celebrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos. Além de homenagear a potência feminina, a data também serve como um momento para priorizar a discussão acerca dos graves problemas de gênero que ainda persistem de forma enraizada em nossa sociedade.
Em alusão a este dia, a Fundação Norberto Odebrecht realizou uma live em seu Instagram no dia 8 de março com o tema “Empoderamento Feminino”. Buscando proporcionar perspectivas complementares acerca da pauta de gênero, o encontro contou com a participação de duas profissionais que atuam em ambientes de trabalho opostos: Andressa Sales, engenheira civil na OR, empresa de incorporação imobiliária do Grupo Novonor, e Helen Nunes, engenheira agrônoma e professora na Casa Familiar Agroflorestal (CFAF), que fica na zona rural do Baixo Sul da Bahia. A live contou com a mediação de Isadora Sarno, da área de Comunicação da Fundação/Novonor.
O empoderamento feminino
Mais de 90% da população feminina global vive em países com baixo ou médio desempenho em empoderamento e paridade de gênero, segundo dados de 2023 da ONU Mulheres. Na introdução da live, foi discutido o conceito de empoderamento, relacionando-o ao poder e fortalecimento da participação social feminina, para proporcionar às mulheres as mesmas oportunidades, direitos e respeito que os homens possuem em todas as áreas da vida, como educação, lazer, saúde e trabalho.
Em relação ao trabalho realizado tanto no contexto da agricultura quanto da construção civil, os homens representam maioria quantitativa. Entre os profissionais registrados no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), por exemplo, 80,5% são homens e apenas 19,5% são mulheres. “Para as mulheres da engenharia, um dos maiores desafios é a baixa representatividade. Há muitas décadas, uma mulher estar num ambiente de construção era praticamente inimaginável. Nós que atualmente ocupamos estes cargos temos a responsabilidade de ser exemplo e apoiar as mulheres que estão entrando neste mercado de trabalho. Outro grande desafio é a mentalidade social, que exige que nós estejamos sempre nos posicionando de uma maneira muito firme, em busca de receber um tratamento igualitário”, relatou Andressa.
O alcance da equidade de gênero também é uma realidade distante no campo, de acordo com Helen. “Embora se discuta muito sobre o universo feminino, o machismo no meio rural é muito grande. A gente ainda vê mulheres que na presença dos maridos não se sentem confortáveis para falar, porque acreditam que não estão numa posição equivalente a eles”, disse.
As Casas Familiares do Baixo Sul da Bahia, instituições parceiras na execução do Programa Social da Fundação, têm na sua atuação o compromisso de alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), entre eles o ODS 5, de Igualdade de Gênero. Enquanto professora de uma das Casas, Helen falou na live sobre o papel que estas instituições possuem no estímulo do empoderamento feminino das alunas.
“A gente sempre prioriza trazer palestras com mulheres referências e líderes de associações, para que as meninas possam se inspirar. Além disso, através dos nossos Projetos Educativo-Produtivos (PEPs), a gente demonstra para elas e suas famílias que a mulher tem a capacidade de atuar e se desenvolver no campo”, contou. A professora também relatou outra iniciativa das Casas Familiares para inclusão feminina: a distribuição mensal de kits de Dignidade Menstrual. Só em 2023, foram proporcionados 1.318 kits para as estudantes.
+ Elas
No final da live, o programa de voluntariado + Elas, iniciativa da Fundação em parceria com a OR, foi mencionado pelas participantes. Em formato de mentorias, o projeto teve como objetivo estimular o empoderamento feminino e uniu mulheres de diversas áreas para discutir temas relacionados à pauta de gênero. Iniciativa do Grupo Novonor na promoção da diversidade e ações de equidade, o + Elas contou com sua primeira edição no ano passado, com encontro imersivo no Baixo Sul da Bahia.
Andressa, voluntária e mentora, disse que apesar do título, o aprendizado foi mútuo. “Conhecemos mulheres em cotidianos completamente diferentes, mas com desafios semelhantes, e conversamos sobre temas que perpassam a nossa vida profissional e pessoal. Através da nossa troca de experiências, pudemos nos fortalecer e apoiar umas às outras”, contou.
Apesar de não ter sido uma das participantes do voluntariado, Helen narrou a história de uma colega que também é monitora da Casa Familiar onde atua, e foi mentorada do + Elas. “Usando técnicas que aprendeu com sua mentora do + Elas, conseguiu aplicar essas dicas para melhorar a sua timidez. Isso possibilitou com que ela se desenvolvesse melhor nas aulas que leciona”, finalizou.
Para assistir a live completa, basta clicar neste link.
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