A equipe de Laboratório e Qualidade da obra da Ligação Viária de Campo Grande, no Rio de Janeiro, liderada...
Confira destaques da matéria da Reuters sobre o momento atual e perspectivas da OEC
DATA: 09/08/2018
OEC prevê US$18 bi em novos projetos e IPO até 2020
Reuters – A Odebrecht Engenharia & Construção (OEC) definiu meta de conquistar uma carteira de cerca de 18 bilhões de dólares em projetos no Brasil e no exterior nos próximos dois anos, enquanto avança na preparação para listar ações em bolsa até o início de 2020, disse o presidente da companhia, Fabio Januário.
“Nossa meta é ganhar uma cada quatro concorrências de que participarmos”, disse Januário em entrevista à Reuters.
Segundo Januário, a recuperação dos preços das commodities e o aumento da capacidade de investimento no Brasil, num cenário de aprovação de reformas como a da previdência no começo de 2019, podem criar um cenário mais promissor para retomada de obras, principalmente do governo federal.
Após ter assinado acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral em julho para ressarcir a União por desvios de recursos, a OEC pretende concluir acordos similares em todos os demais mercados onde atua até o final do ano, que a permita concentrar todos os esforços na recomposição da carteira de projetos.
Uma primeira consequência desse movimento foi a suspensão do bloqueio para prestação de serviços à Petrobras, no mês passado, o que deve ser oficializado nas próximas semanas.
A empresa acabou de assinar um acordo com o equivalente ao ministério público (Fiscalia) do Peru, um de seus principais mercados fora do Brasil, para um acordo final em até 45 dias.
“Vamos resolver os problemas respeitando o calendário processual de cada país”, disse Januário. “Mas não vamos sair de nenhum mercado onde estamos.”
Na verdade, o plano da OEC contempla até ampliar seus mercados internacionais. Um novo destino mais imediato pode ser a Tanzânia, no oeste da África, que define em outubro o vencedor para a construção de uma hidrelétrica, num contrato avaliado em cerca de 3 bilhões de dólares.
MUDANÇAS
Há 25 anos no grupo, Januário foi nomeado para presidir a OEC no fim de 2016, no momento em que o conglomerado enfrentava um dos piores momentos de sua história de 73 anos.
Como parte do processo de limpeza da imagem, a OEC se obrigou a abrir mão de concorrências públicas nas quais identificasse vícios.
Segundo o presidente da empreiteira no Brasil, José Eduardo Quintella, no último ano, a companhia fez mais impugnações de concorrências públicas do que venceu licitações.
Uma das mais recentes foi o pedido de suspensão feito pela própria OEC da licitação do governo do Ceará para a expansão do metrô de Fortaleza, uma obra estimada em 1,7 bilhão de reais.
Enquanto se adapta a padrões de conformidade e governança, a companhia está na fase final de montagem de um conselho de administração com quatro membros independentes de um total de sete, incluindo o ex-presidente da Eletropaulo, Britaldo Soares, e Ana Novaes, ex-diretora da CVM.
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