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  • Escolas rurais apoiadas pela Fundação aprimoram acompanhamento de jovens formados

    DATA: 22/05/2019

    Publicado por: Fundação Norberto Odebrecht

    Moisés Yure em sua propriedade, no município de Valença (BA)

    Aos 19 anos, o agricultor Moisés Yure vem se destacando com a produção de aipim, mandioca, maracujá e cacau onde mora, no município de Valença, Baixo Sul da Bahia. Em 2018, o jovem se formou como técnico em Agropecuária pela Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN). Mesmo após concluir o curso, ele conta que permanece recebendo acompanhamento constante da instituição.

    “Para mim, tem sido muito próximo ao que acontecia quando era aluno. O monitor vem à minha casa e compartilha orientações sobre a área produtiva da minha família, o que podemos fazer de melhor e como agregar ainda mais valor ao que estamos produzindo. Isso é fundamental e tenho me sentido cada vez mais preparado para enfrentar os desafios”, comenta.

    A história de Moisés é semelhante à dos cerca de 100 estudantes que se formaram ano passado pela CFR-PTN, Casa Familiar Agroflorestal (Cfaf) e Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I): escolas rurais que fazem parte do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), uma iniciativa da Fundação Odebrecht que busca transformar social, econômica e ambientalmente as condições de vida das pessoas do Baixo Sul. Instituições de ensino médio integrado ao técnico, a CFR-PTN, Cfaf e CFR-I têm intensificado o modo como os egressos são acompanhados.

    Presença do educador

    As Casas Familiares têm como metodologia a Pedagogia da Alternância, sob a qual os estudantes passam uma semana em tempo integral na escola e duas em suas propriedades, aplicando na prática o que aprenderam e recebendo visitas constantes dos monitores. De acordo com Quionei Araújo, diretor da CFR-PTN, manter ativa a relação entre professores e educandos, praticada ao longo das alternâncias, é fundamental para o desenvolvimento após a formação. “Quando eles chegam ao 3º ano, iniciamos um Programa de Ação de saída. Queremos entender o que os jovens pretendem plantar e seu planos para o futuro”, explica.

    Romildo Oliveira (esq.), educador responsável pelo acompanhamento de egressos na Cfaf, em visita à área produtiva de ex-aluna

    Araújo comenta que esse convívio mais próximo contribui para que os recém-formados consigam cumprir as metas estabelecidas ao fim do 3º ano. “Isso também permite que a Casa Familiar tenha ciência de como ele vem conduzindo sua atuação no campo. Podemos traçar uma nova rota, se for necessário, para que ele se desenvolva da melhor forma possível”, salienta.

    Para Crislei Leite, ex-aluno e atualmente técnico da CFR-I, responsável pelo relacionamento com os egressos, é importante compreender como os formados estão aplicando os conhecimentos técnicos adquiridos. “Observamos como eles estão em termos de rendimento da produção e engajamento com a comunidade. Também avaliamos os cultivos e o que pode ser melhorado, além de tirar dúvidas”, afirma.

    Segundo Romildo Oliveira, educador que realiza este trabalho de acompanhamento na Cfaf, um dos pontos mais relevantes é entender o ex-aluno enquanto protagonista. “Conhecemos suas dificuldades e sonhos. Sabemos que é diferente lidar com os desafios fora do ambiente da Casa Familiar. Esse contato é importante para incentivar que os jovens sejam independentes e se tornem donos do seu destino. Esse é o objetivo maior”, reforça.

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