Com grande satisfação e com sentimento renovado de confiança e esperança, informo que, após 3 anos de um processo complexo e desafiador, a OLI – Odebrecht Latinvest, nossa subsidiária dedicada a concessões de infraestrutura na América Latina, concluiu na manhã de hoje, 25/4, a venda por US$ 1,4 bilhão da Central Hidrelétrica Chaglla, no Peru, à empresa China Three Gorges Corporation (CTG).

A venda se concretizou com a transferência para a CTG da participação acionária da OLI na Empresa de Generación Huallaga (EGH), operadora de Chaglla. A CTG, por sua vez, lidera un Consorcio formado por Hubei Energy Group Co. Ltd., Ace Investment Fund II LP e CNIC Corporation Limited.

É importante que vocês conheçam o que significa Chaglla, tanto para o Peru como para nós. É a terceira maior hidrelétrica do Peru, com potência instalada de 456 MW, ou 6% do total de energia gerada no país. Foi um projeto com financiamento 100% privado, liderado pela Odebrecht.

A obra tem características que dão orgulho não só à Odebrecht, mas à engenharia peruana e brasileira. Sua barragem de enrocamento com face de concreto é a segunda mais alta do mundo, com 211m de altura. Além disso, foi a primeira usina hidrelétrica no Peru avaliada com nota de excelência (4,21 em 5) pelo Protocolo de Sustentabilidade da IHA (International Hydropower Association). Durante a implantação, foi também considerada modelo de excelência em sustentabilidade pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Este é um claro exemplo de como contribuímos para o desenvolvimento sustentável nas regiões onde atuamos.

A conclusão da venda de Chaglla é um passo muito importante em nosso programa de desinvestimento no Peru para alcançar o equilíbrio financeiro. Os recursos serão usados com prioridade para liquidar dívidas da OLI com bancos e fornecedores locais. Outra parte será destinada ao que, no Peru, se chama fideicomisso, criado pelo governo para garantir o pagamento da reparação civil, no contexto do acordo de cooperação com as autoridades peruanas.

Chaglla desde o início e até agora é um exemplo da capacidade das nossas equipes, trabalhando de forma integrada no Peru e no Brasil. Quero homenagear, em primeiro lugar, os que participaram diretamente e superaram os mais diversos desafios dessa obra andina e os que hoje operam a hidrelétrica. E parabenizo as equipes da OLI, OEC Brasil, OEC Peru e Odebrecht S.A., que com paciência e determinação concluíram com êxito as negociações.

Abraços,

Luciano Guidolin
Diretor Presidente
Odebrecht S.A.