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Braskem e Sojitz Corporation se unem para trazer ao mercado tecnologia de MEG renovável
DATA: 04/04/2022
Petroquímica e empresa japonesa criam joint venture para ser líder global no mercado de bioMEG; uma vez concluído o desenvolvimento tecnológico, o projeto prevê a construção de três plantas industriais na primeira fase.
A Braskem, líder de mercado e pioneira na produção de biopolímeros em escala industrial, e a Sojitz, empresa de comércio global com foco no Japão, assinaram acordo para formar uma joint venture voltada para a produção e comercialização de bioMEG (monoetilenoglicol) e de bioMPG (monopropileno glicol). Com a conclusão do desenvolvimento da tecnologia em 2022, o plano de negócios prevê a implementação de três plantas industriais, com início da operação da primeira unidade em 2025, aproveitando as oportunidades de mercado e de matéria-prima. Com a assinatura do acordo, a formação da joint venture foi submetida à aprovação dos órgãos concorrenciais.
A joint venture combinará a expertise da Braskem na produção industrial e comercialização de químicos e plásticos de fonte renovável com a importante presença comercial da Sojitz na Ásia, região que concentra 80% do mercado global de MEG e onde se observa o maior crescimento de seu consumo.
“Estamos somando esforços, conhecimentos e investimentos de duas empresas que são referência dentro suas respectivas áreas de atuação para criar uma empresa líder global em bioMEG, capaz de atender a forte demanda do mercado por produtos sustentáveis e renováveis”, declara Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis e Especialidades da Braskem. “A parceria entre Braskem e Sojitz marca o avanço da tecnologia – desenvolvida em escala de demonstração com a empresa dinamarquesa Haldor Topsoe – para a fase de comercialização, com uma clara combinação de competências e recursos para o escalonamento”, completa.
“Estamos contentes com a parceria com a Braskem. Promovemos esse material sustentável para várias indústrias globalmente com nossos fortes e abrangentes conexões de mercado.”, declara Manabu Endo, gerente geral do Departamento de Químicos Básicos da Sojitz. “Este é um grande progresso em direção à nossa ambição de desenvolver PET 100% de biomassa, juntamente com nosso projeto de produzir bioparaxileno, outra matéria-prima do PET, em conjunto com parceiros japoneses”, complementa.
O MEG é matéria-prima do PET (tereftalato de polietileno), que tem inúmeras aplicações e é fundamental para setores como o têxtil e de embalagens, principalmente garrafas de bebidas. Atualmente, ele é predominantemente produzido a partir de matérias-primas fósseis, como nafta, gás ou carvão, e seu mercado global representa um valor de aproximadamente 25 bilhões de dólares. Já o MPG é um produto com um amplo leque de aplicações, que vão desde resinas poliéster insaturadas (UPR), muito comuns na construção civil, a produtos cosméticos.
Desenvolvimento da tecnologia
Em 2017, a Braskem iniciou uma parceria com a Haldor Topsoe, líder mundial no fornecimento de soluções e tecnologias para a produção de combustíveis e produtos químicos com eficiência energética, para provar a tecnologia inovadora de conversão de açúcar em bioMEG e bioMPG em escala de demonstração. Fruto da cooperação tecnológica entre as duas empresas, as primeiras amostras de bioMEG foram produzidas em 2020.
“Desenvolvemos uma jornada junto aos nossos parceiros, combinando a tecnologia da Haldor Topsoe, a expertise da Sojitz Corporation e a experiência da Braskem para atingir nosso objetivo de entregar uma solução sustentável que tem o potencial de revolucionar o mercado de têxtil e de embalagens PET”, explica Gustavo Sergi. “A iniciativa também está alinhada com os objetivos definidos pela Braskem de se tornar uma empresa carbono neutro até 2050, reforçando o compromisso da companhia com o Desenvolvimento Sustentável por meio da produção de Químicos Renováveis”.
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